Terminou na última quinta-feira, 2, após 16h, o julgamento de Marcos Antônio Ramos da Silva, mais conhecido como “Boi”. Ele é acusado de agredir a enteada Michele da Mota a golpes de marreta no dia 23 de dezembro do ano passado. O tribunal do júri, composto por sete jurados, decidiu pela condenação do acusado por tentativa de feminicídio. Logo em seguida, o juiz Joviano Carneiro Neto estipulou a pena de 10 anos em regime fechado.
A defesa de Marcos Antônio irá recorrer da decisão. O acusado está preso no presídio da Cidade de Goiás e foi negado a ele o direito de recorrer em liberdade.
Relembre o caso:
O pedreiro Marcos Antônio Ramos da Silva foi acusado de agredir a enteada Michele da Mota a golpes de marreta, na manhã do dia 23 de dezembro de 2020, na Cidade de Goiás. Michele trabalhava com ele, auxiliando na compra de materiais de construção. Segundo a vítima, eles estavam trabalhando quando o agressor começou a incomodá-la. Ela teria, então, pedido a ele que a levasse embora de volta para casa. “A gente entrou dentro do carro e estávamos indo. Do nada, ele pegou a marreta e começou a me bater dentro do carro e, depois, me abandonou,” contou Michele.
A avó da vítima, Ana Maria Pinto, relatou que esse não foi o primeiro episódio de violência de Marcos contra Michele. “Depois do que ele fez, ainda teve coragem de ligar pra minha filha e dizer que tinha matado a Michele e jogado ela em um vala. Já é a segunda ou terceira vez que isso acontece,” afirmou.
Alguns dias depois, começou a circular nas redes sociais um vídeo onde Marcos pedia perdão por ter agredido sua enteada a marretadas: “Eu tô passando por aqui pedindo perdão pelo que eu fiz. Eu não sou bandido. Eu não sou marginal [...] e eu quero pagar pelo erro meu, meu Deus. Tudo o que eu fiz, eu quero pagar [...]”, disse em um trecho do vídeo.
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