Castrados, alimentados e cuidados, seis gatos foram encontrados mortos no Beco Água Cega, perto da UEG, na manhã desta terça-feira, dia 15 de junho. Este não é o primeiro caso de animais mortos, possivelmente por envenenamento, na Cidade de Goiás. No início do ano, mais de 11 gatos foram mortos no setor Santa Bárbara e até hoje os culpados não foram encontrados.
Waldirene dos Santos Stival, conhecida como Wall de um grupo de protetores de animais, está inconsolável, porque era ela quem cuidava dos bichanos que viviam na rua. Em casa ela possui onze gatos, todos vacinados, castrados e vermifugados, ou seja, bem tratados. “Por que as pessoas fazem isso? Eu não entendo, os animais não fazem nada, não incomodam ninguém”, diz emocionada.
Ela, como muitos cuidadores de gatos, enfrentam um sério problema na cidade: falta de fiscalização da venda de chumbinho, um veneno perigoso e proibido, mas que parece ser fácil de ser encontrado por quem se interessa em usar. De uma forma ou de outra, os donos dos animais desconfiavam de vizinhos, mas apesar das investigações, a Polícia Civil não chegou a nenhum culpado no caso dos gatos do setor Santa Bárbara.
No início de 2021, quando esta situação começou a se tornar alarmante, a reportagem da Ummix acionou a Vigilância em Saúde Regional Rio Vermelho, mas, na época não havia chegada até eles nenhuma denúncia de venda do veneno chumbinho e apoio foi solicitado à central em Goiânia, mas ao que tudo indica o problema continua.
O comerciante que for flagrado vendendo chumbinho será autuado e irá responder a processos criminal e administrativo. As denúncias de venda deste tipo de veneno (chumbinho) devem ser feitas pelo telefone 150. Maltratar animais de qualquer espécie e a qualquer pretexto é crime ambiental previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98, com pena de prisão de 2 a 5 anos e multa.